Ó chuva mansa, tu cais,
Tu cais molhando o jardim...
Ó vem e abranda os meus ais,
Que queimam dentro de mim!
Tu lavas todas as folhas,
Enquanto cais branda assim!
Ao chão caem gotas em bolhas
Deixando um pé de jasmim...
Também dos olhos curtidas
Às vezes descem sem fim
Salgadas gotas, sofridas,
Que vêm de dentro de mim...